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Após big techs, agora bancões americanos fazem levas de demissões

Com a receita dos bancos de investimento caindo e uma recessão se aproximando, Wall Street está em modo de contenção. Os cortes de empregos e o congelamento de contratações que atingem o mundo da tecnologia chegaram ao setor financeiro, com executivos do setor bancário se preparando para um ano austero pela frente.

Goldman Sachs, Morgan Stanley, Credit Suisse Group AG e Barclays já demitiram funcionários ou anunciaram que planejam fazê-lo nos próximos meses. Nesta segunda-feira, o Goldman anunciou uma de suas maiores rodadas de demissões de todos os tempos, ao concluir um plano para eliminar 3.200 vagas nesta semana. Algumas empresas menores também concluíram várias rodadas de rescisões.

Embora a maioria esteja pessimista sobre as perspectivas para este ano, os executivos de Wall Street não têm certeza de quão ruim a economia ficará e estão proativamente recuando nas linhas de negócios para se preparar.

– Devemos assumir que teremos alguns tempos difíceis pela frente. Você tem que ser um pouco mais cauteloso com seus recursos financeiros, com seu tamanho e pegada da organização – disse o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, em entrevista concedida à Bloomberg Television na última seta-feira.

Em sua mensagem de fim de ano aos funcionários, Solomon adiantou que os cortes no banco iriam ocorrer na primeira quinzena deste mês.

– Há uma variedade de fatores que afetam o cenário de negócios, incluindo o aperto das condições monetárias que estão desacelerando a atividade econômica – disse Solomon à equipe no fim do ano. – Para nossa equipe de liderança, o foco é preparar a empresa para enfrentar esses ventos contrários.

O banco também está prestes a divulgar os resultados ligados a uma nova unidade que abriga seu negócio de cartão de crédito e empréstimos a prestações, que registrará mais de US$ 2 bilhões em perdas antes dos impostos, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas.

O porta-voz da empresa com sede em Nova York se recusou a comentar. Os cortes em seu banco de investimento são elevados pela inclusão de funções fora do front-office que foram adicionadas ao quadro de funcionários da divisão nos últimos anos. O banco ainda tem planos de continuar contratando, incluindo a turma regular de analistas ainda este ano.

Sob o comando de Solomon, o número de funcionários aumentou 34% desde o fim de 2018, subindo para mais de 49 mil em 30 de setembro. A escala de demissões neste ano também é afetada pela decisão da empresa de deixar de lado seu corte anual de baixo desempenho durante a pandemia.

Fonte: O Globo

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