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jun

Papa Francisco pede reforma econômica urgente e defende sindicalismo

O Papa Francisco enviou mensagem aos participantes da 109ª Conferência Internacional do Trabalho que se realiza, em Genebra. Por meio de um vídeo de 27 minutos, o pontífice defendeu a filiação sindical como forma de luta no combate aos desrespeitos aos direitos do trabalhador. Ele ainda reforçou ser “inaceitável” a violência contra as mulheres e pediu para que as pessoas evitem o consumismo cego na retomada pós-Covid.

O papa ainda destacou a importância da vida humana, já que “não existem pessoas “elimináveis”. No discurso, o religioso destacou a necessidade de se garantir os direitos fundamentais dos trabalhadores. “A adesão a um sindicato é um direito. A crise da Covid-19 já afetou os mais vulneráveis e eles não devem ser afetados negativamente por medidas a fim de acelerar uma retomada que se concentre unicamente nos indicadores econômicos”.

A mensagem do papa foi exibida em espanhol, língua natal do pontífice. O evento promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) reúne representantes de Governos, organizações de empresários e trabalhadores. “Esta conferência foi convocada num momento crucial da história social e econômica, que apresenta desafios sérios e abrangentes para o mundo inteiro. Nos últimos meses, a Organização Internacional do Trabalho, através de seus relatórios regulares realizou um trabalho louvável ao dedicar atenção especial a nossos irmãos e irmãs mais vulneráveis”, afirmou o Papa na durante o vídeo.

Ele ainda reforçou temas fundamentais como o desemprego entre jovens e o tráfico humano. Enumerou inclusive os danos causados pela “falta de medidas de proteção social diante do impacto da Covid-19”: aumento da pobreza, desemprego, subemprego, atraso na inserção dos jovens no mercado de trabalho, exploração infantil, tráfico de pessoas, insegurança alimentar, maior exposição a infecções para os doentes e idosos. “A diminuição do horário de trabalho nos últimos anos resultou tanto na perda de empregos quanto na redução da jornada de trabalho para aqueles que o mantiveram. Muitos serviços públicos, assim como muitas empresas, enfrentaram enormes dificuldades, algumas correndo o risco de falência total ou parcial. Em todo o mundo, vimos perdas de empregos sem precedentes em 2020”, afirmou.

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